O ataque terrorista de bolsonaristas à sede dos Três Poderes, em Brasília, no início do ano, já entrou para a história como um dos episódios mais grotescos da política brasileira, que só foi possível graças à criminosa conivência de parte da Forças Armadas, das Polícias Militares e de políticos que foram eleitos jurando lealdade à nossa democracia.
Violenta, escatológica e – acima de tudo – desastrada, a tentativa de golpe surtiu efeito contrário ao esperado, e acabou projetando nomes progressistas no cenário nacional.
O principal exemplo talvez seja o do ex-governador do Maranhão, e atual ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB). Responsável pela resposta aos atos golpistas, Dino tem sido figura frequente no noticiário nacional desde o atentado. Experiente e bem articulado, Flávio Dino é tietado por eleitores, medalhões da política e até pela imprensa – que passou os últimos quatro anos sendo atacada diariamente pelo governo Bolsonaro.
Ainda há muita água para rolar até 2026, mas, ao que tudo indica, o “Capitólio Brasileiro” ajudou a fortalecer o nome de Flávio Dino como possível presidenciável do campo progressista.