O senador bolsonarista Roberto Rocha convocou a imprensa maranhense para anunciar que – pasme – será candidato à reeleição em outubro. Mas o ponto central da coletiva que confirmou o que todo mundo já sabia, naturalmente, não era esse. Rocha queria mostrar força e – se possível – tirar o foco da última pesquisa Escutec.
É que, de acordo com o instituto de pesquisa, o ex-governador Flávio Dino (PSB) lidera com folga a disputa ao Senado, com 35 pontos percentuais à frente de Rocha, e muito provavelmente vai tomar a cadeira do amigão do presidente Bolsonaro no Congresso.
Na coletiva, que ocorreu um dia após a divulgação da pesquisa Escutec, Roberto Rocha anunciou com estardalhaço que sua candidatura à reeleição será apoiada por 11 partidos (PTB, Republicanos, PL, Avante, Patriota, PDT, PSD, PSC, Agir, PMN e Pros). A estratégia é vender a ideia de que a última pesquisa Escutec “não valeu”, já que foi realizada antes do acordo com os partidos que fazem oposição a Dino.
Essa aliança em torno de Rocha, no entanto, ainda não está tão certa quanto o senador tem anunciado. Representantes de partidos como o Agir e o PSD já externaram insatisfação com o possível acordo. Pastor Bel, até então pré-candidato ao Senado pelo Agir, divulgou vídeo em que aparece aos prantos acusando Roberto Rocha de traidor.